Alta do milho sustentada pela carne e exportação

As cotações do milho na B3 subiram mais 0,99% nesta quarta-feira, para a média de R$ 33,64/saca, segundo a pesquisa diária do Cepea e os preços do milho em Campinas, principal referência nacional, subiram mais, cerca de 1,47%, segundo a mesma fonte, para R$ 33,08. Com isto, os ganhos de maio no mercado físico de Campinas já atingiram 0,58%.

“O que está invertendo a tendência do milho, como já mencionamos aqui há 10 dias? Um grande fator, que se divide posteriormente em dois. O fator principal é a redução de 66% do rebanho suíno da China, que obrigará este país e importar mais milho e mais carne suína no mercado internacional”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.

Isto levará, de acordo com o especialista, ao seguinte desdobramento no Brasil: “Em primeiro lugar a um aumento na demanda de milho para exportação, como mostra a elevação nos prêmios. Se, até um mês atrás, havia alguma dúvida, até por parte da ANEC, de que o Brasil exportaria algo ao redor de 30 MT nesta temporada, agora não há mais. Talvez o volume seja até um pouco maior”.

“Em segundo lugar, à maior produção de carne de frangos e de suínos no Brasil, para fornecê-la diretamente ao consumidor chinês, enquanto o seu próprio plantel não se recupera, o que vai aumentar a demanda de milho no mercado interno. Aqui também, se havia a possibilidade de grandes estoques finais nesta temporada no Brasil, agora eles tendem a ser menores, embora não se saiba ainda exatamente quanto”, conclui Pacheco.

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