Milho tem leve alta após 8 quedas

O milho voltou a registrar uma valorização após oito quedas (não consecutivas) no Índice de preços de Campinas, produzido pelo Cepea. O ápice desse indicador foi de R$ 41,92/saca há 13 sessões atrás. Depois disto, caiu para R$ 38,94 e hoje subiu levemente para R$ 39,22/saca – o que não recupera o nível de preço que tinha atingido. 

De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, essa alta foi uma correção técnica, que sempre acontece nos mercados futuros. Mas, esta posição está respaldada pelas altas em todos os meses cotados hoje na B3, que ficaram entre 0,06% (setembro) e 0,52% (maio). 

Segundo o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, no mercado físico as cotações permanecem em níveis altos, porque os vendedores estão ausentes, focados na colheita da soja. Os compradores que precisam se abastecer estão tentando oferecer preços menores (embora também altos), o que convence alguns vendedores eventuais. 

“Por outro lado estão programados navios de milho argentino para Santa Catarina e de milho americano para o Rio Grande do Sul, que poderá tirar os compradores do mercado por algum tempo. Isto poderá enfraquecer a posição dos vendedores”, explica ele. 

“Apesar da necessidade um pouco maior de escoamento, produtores consultam muito e fixam pouco. Assim, vão dificultando os negócios, apoiados em um possível vazio de ofertas logo após o termino da colheita de verão. A perspectiva de um bom volume de exportação, diante da quebra na Argentina, dólar e confronto comercial EUA x China, agravaria o cenário. De maneira geral, as incertezas climáticas também preocupam e boa parte dos produtores comenta que só negociarão lotes maiores após as consolidações de bons volumes de chuva no plantio da safrinha. A análise de clima, inclusive, aponta para volumes decrescentes de chuvas para o Brasil Central a partir de 8/4 e entrada de uma massa de ar frio para meados do mês”, conclui Pacheco. 

Agrolink