Milho tem preços em baixa e exportação em alta

No fechamento da semana, os índices da pesquisa diária do Cepea registram queda de 0,59% na movimentação do dia e de 11,98% no mês nas cotações médias do milho na B3. No mercado físico de Campinas, o índice da pesquisa registra queda de 0,76% no dia e de 13,35% nos preços médios do mês. 

“Isto confirma o que vínhamos alertando desde o final de março de que a tendência era de queda e que deveriam aproveitar os bons preços que lhes eram oferecidos na ocasião”, relembra o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco. De acordo com ele, porém, o que andou bem nesta semana foram as nomeações de navios para as primeiras exportações de milho da temporada: foram 29 mil tons em Itumbiara (e 31,02 mil de descarga de milho argentino), 342,0 mil tons em Santos e 65 mil tons em Paranaguá, totalizando 436 mil tons na semana. 

Com relação aos preços, Pacheco aponta que no RS o mercado anda devagar, pressionado pelos problemas das carnes, das quais o estado é grande produtor e dos fretes, que impedem as compras de longas distâncias: “O estado nem está retirando as compras feitas no MS, porque foram contratadas a fretes anteriores ao tabelamento. Com isto, os movimentos ficam restritos às ofertas de curta distância, dentro do estado e os preços no atacado disponível estão ao redor de R$ 40,50 em Carazinho, R$42,00 em Erechim e Panambi e R$ 40,50 em Passo Fundo”. 

“No PR, como o estado é grande produtor de milho e grande produtor de carnes ao mesmo tempo, o abastecimento tem sido relativamente normal. Milho posto ferrovia para agosto negociado a R$ 24,50. Rumores que rodou bom volume de milho safrinha no Oeste a preços entre R$ 32,50/33,00. Na região dos Campos Gerais R$ 41,50 na fábrica”, acrescenta. 

Segundo Pacheco, o MS mercado de milho totalmente frio; preços caíram muito. Nesta sexta-feira ideia de preço spot de comprador em Dourados R$28 e para julho/agosto R$ 27,00. Na segunda tinha saído a R$ 41,00 e hoje tem oferta a R$38,00. Os compradores de SC e do RS sumiram com o problema do tabelamento dos fretes. Todo mundo de olho no frio do final de semana se atingir o Paraná pode mudar algo ou se o dólar reativar as exportações.

“No MT tudo quieto por enquanto. Preços no disponível em Cuiabá a R$ 28,00, em Lucas do Rio Verde a R$ 19,00, Nova Mutum R$ 20,00 e Primavera do Leste R$ 25,00, Rondonópolis R$ 27,50, Sorriso R$ 18,00. Em GO mercado lento, com preços no atacado disponível em Formosa a R$ 29,00, em Goiània a R$ 34,00, em Rio Verde a R$ 32,00. Na BA e no MATOPIBA mercados quase travados devido ao frete, mas com abastecimento das granjas e fábricas de ração locais. Os preços ficaram ao redor de R$ 30,50 em Barreiras e R$ 31,00 em Luiz Eduardo Magalhães. No Maranhão, R$ 33,00 em Balsas e R$ 29,00 emPedro Afonso-TO. Nos outros estados R$ 43,82 em Recife e R$ 32,00 em Vilhena-RO”, conclui. 

Agrolink